Pesquisa mostra impactos positivos do programa Techfuturo na ciência, economia e sustentabilidade
Iniciativa da Sict financia projetos de inovação envolvendo universidades, empresas e startups
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O programa Techfuturo, capitaneado pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), desempenha um papel significativo para a evolução do ecossistema de inovação do Rio Grande do Sul, promovendo conexões estratégicas entre academia, setor produtivo, governo e sociedade. Além disso, tem promovido práticas mais sustentáveis e gerado impactos econômicos e científicos relevantes. Esses são alguns dos principais achados de uma pesquisa realizada com coordenadores de projetos aprovados em editais do programa lançados nos últimos anos.
O documento “Techfuturo - síntese e avaliação do programa” foi produzido pela assessoria técnica da Sict a partir de um questionário desenvolvido com o objetivo de coletar informações para subsidiar uma análise de impacto do programa. Entre 30 de outubro e 22 de novembro de 2024, 32 coordenadores (cerca de metade do total) preencheram o formulário com as respostas a respeito de projetos contemplados nos editais do Techfuturo lançados pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Rio Grande do Sul (09/2020) e pela Sict (03/2021 e 03/2022). O edital Techfuturo Saúde (06/2023) não foi incluído porque os projetos ainda estão em fase inicial de implementação.
“O Techfuturo é mais uma iniciativa da Sict no sentido de fortalecer a quádrupla hélice, formada por academia, governo, iniciativa privada e sociedade civil organizada. Um dos objetivos centrais do programa é a manutenção de cérebros no estado, e essa aproximação entre universidades, empresas e startups demonstrada pela pesquisa ajuda a evitar a fuga de talentos e ideias inovadoras”, enfatiza a secretária Simone Stülp, da Sict.
Conforme a pesquisa, 65,6% dos coordenadores dos projetos são de universidades e institutos de pesquisa, enquanto os demais são de empresas, o que indica que o programa tem fortalecido o vínculo entre pesquisa aplicada e desenvolvimento de tecnologias portadoras de futuro. Além disso, possibilita a implementação de tecnologias como internet das coisas, inteligência artificial e bioinovações, contribuindo para estreitar a relação entre pesquisa e mercado, e impulsionando a competitividade empresarial em setores estratégicos como agroindústria, biotecnologia e manufatura avançada.
O desenvolvimento e a incorporação de tecnologias sustentáveis foram outro destaque no estudo, com 76,9% dos coordenadores concordando, totalmente ou em parte, com a ocorrência de um impacto ambiental positivo do projeto. Iniciativas envolvendo bioinsumos e painéis estruturais sustentáveis reforçam a posição do Estado como líder em inovação verde, enquanto tecnologias para uso otimizado de biomassa e redução de pesticidas se conectam a demandas globais por cadeias produtivas mais limpas, ampliando o acesso a mercados internacionais.
Avanços científicos e econômicos também foram ressaltados na pesquisa. Com 61,5% dos projetos gerando impacto positivo em ciência e tecnologia, o programa é visto como potencializador do papel das instituições na criação de soluções disruptivas. Já a mobilização de talentos e as oportunidades de financiamento foram evidenciadas por 57,7% dos coordenadores que concordaram com a atração de recursos humanos e por 53,8% que concordaram com a captação de novos financiamentos.
“O que percebemos com esses resultados é que o programa Techfuturo não apenas promove a competitividade econômica, mas também está comprometido com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas. Para além disso, possui capacidade de resolver gargalos estruturais e de ampliar a abrangência para consolidar ainda mais seu impacto em todas as regiões do Estado”, complementa Simone.
A pesquisa também destaca tecnologias que foram desenvolvidas ou aprimoradas por meio dos projetos, como jogos educativos e interativos, sensores de pressão, sistema de monitoramento em nuvem, tecnologias de comunicação, modelos preditivos e estatísticos, alvos moleculares para identificação de patógenos, produtos ecofriendly, microalgas, entre outros.
Confira a pesquisa completa aqui.
Sobre o Techfuturo
Instituído pelo Decreto nº 55.382, de 23 de julho de 2020, o programa Techfuturo busca aproximar universidades, empresas e startups através de projetos de inovação que envolvam as chamadas tecnologias portadoras de futuro – ou seja, as tecnologias que apresentam um alto potencial disruptivo, capazes de determinar o grau de competitividade futura do negócio, e que estarão presentes em bens, produtos e serviços nos próximos 50 anos.