Comitê Científico completa um ano de ações focadas na construção de um Estado mais resiliente
Colegiado realizou cerca de 240 ações no período, incluindo pareceres, publicações e interações com a sociedade
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O Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática completa um ano de atividades nesta quinta-feira (26). Nesse período, o órgão, que integra a estrutura do Plano Rio Grande, acumulou cerca de 240 ações, incluindo 80 interações com a sociedade, 12 pareceres entregues, cinco publicações e 141 reuniões. Trata-se de um trabalho inédito no país, com foco na contribuição da ciência para a reconstrução do Estado após as enchentes de 2024.
“É importante destacar a relevância e o ineditismo de termos este Comitê Científico instituído no Rio Grande do Sul, oferecendo o olhar da ciência e do conhecimento para a tomada de decisão sobre políticas públicas”, afirma a secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp.
Instalado oficialmente em 26 de junho de 2024, em cerimônia realizada no Palácio Piratini, com a presença do governador Eduardo Leite, o Comitê Científico tem caráter consultivo e propositivo. Sua função é abastecer de informações técnicas e científicas os tomadores de decisão do governo, ou seja, o Comitê Gestor do Plano Rio Grande, a Secretaria da Reconstrução Gaúcha (Serg) e as demais secretarias finalísticas de Estado. Os pareceres são a principal ferramenta nesse sentido, abrangendo temas como radares meteorológicos, aerolevantamento, topobatimetria, dragagens, sistemas contra cheias e outros (confira a lista de pareceres e seus status aqui).
Conforme estabelecido em regimento, ao Comitê Científico cabe analisar e emitir pareceres a respeito de projetos encaminhados pela Serg, pela academia e pela sociedade. “Muitas pessoas ainda têm dificuldade de entender o trabalho do colegiado e o associam à execução das obras e mudanças em si. Então, é importante lembrar que o Comitê foi criado juntamente ao Plano Rio Grande com este importante papel de dar um direcionamento com base científica para as ações de resiliência climática do Estado, que são complexas e abrangem diferentes áreas”, ressalta Simone.
Atualmente, o colegiado conta com 41 especialistas em 37 áreas do conhecimento, como engenharia, saúde, educação, planejamento, urbanismo, meio ambiente, meteorologia, ciências políticas e ciências sociais, entre outras.
“Como somos muitos, criamos grupos menores, que são os núcleos temáticos integradores, para poder avançar na natureza propositiva do Comitê. Esses núcleos atuam em áreas definidas, como clima, monitoramento, previsão e alerta, saúde, governança, educação, cidadania”, explica o secretário executivo do Comitê Científico, Joel Goldenfum.
Além de produzir pareceres, notas técnicas, relatorias e boletins informativos, o Comitê Científico desenvolve uma série de interações com a sociedade, incluindo ações em universidades. Em uma parceria com o programa Professor do Amanhã, da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), já foram promovidas rodas de conversa com alunos na Universidade Feevale, na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS), na Universidade do Vale do Rio dos Sinos (Unisinos) e na Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc).
Outro destaque foi o trabalho realizado com comunidades atingidas pelas enchentes em Canoas, Alvorada e Eldorado do Sul, como parte das ações sociais do South Summit Brazil 2025. Após encontros com os moradores, foi produzido um relatório da iniciativa, entregue ao governador durante o evento.
O Comitê também participou de outros eventos no Rio Grande do Sul, como o 4º Congresso da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre, cujo tema era Saúde e Mudanças Climáticas, e iniciativas fora do país, como a Plataforma Global para Redução do Risco de Desastres (GPDRR 2025), realizada na Suíça.