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Soluções tecnológicas para reconstrução do estado são destaque na programação do RS Innovation Agro

Recuperação do solo e inteligência de dados para soluções agroclimáticas foram os desafios debatidos no dia

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Primeiro painel do Diálogos pelo Agro abordou recuperação do solo
Primeiro painel do Diálogos pelo Agro abordou recuperação do solo - Foto: Bernardo Zamperetti/Ascom Sict
Por Jéssica Moraes / Ascom Sict

O espaço RS Innovation Agro + Smart Cities, na Expointer, contou com uma programação voltada a soluções tecnológicas e iniciativas de reconstrução do estado, nesta segunda-feira (26). Os painéis, batizados de Diálogos pelo Agro, foram organizados pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), em parceria com a Secretaria de Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação (Seapi), a Secretaria de Desenvolvimento Rural (SDR), a Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação (Reginp) e a Rede de Inovação do Agronegócio do RS (Riagro). 

O objetivo foi apresentar soluções inovadoras para os principais desafios do agronegócio gaúcho, com foco em prevenção e mitigação de danos resultantes das mudanças climáticas. Ao longo da segunda, houve a apresentação de dois desafios ligados ao tema: recuperação do solo e inteligência de dados para soluções agroclimáticas.  

Recuperação do solo 

Pela manhã, o desafio sobre recuperação do solo abriu a programação do RS Innovation Agro, que conta com a parceria da Universidade Feevale 

A visão do produtor rural foi levada ao debate, com foco em como melhorar as condições do cultivo e o olhar para o solo de modo mais assertivo. As parcerias com a academia foram abordadas como forma de aprimorar os processos.  

“Não adianta saber só quando chove. Temos que entender a física e a biologia do solo. Isso não está à venda, isso se constrói com conhecimento”, enfatizou o professor da Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Michael Mazurana 

Diego Coimbra, técnico do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-RS), destacou as iniciativas da entidade, principalmente frente às enchentes e ao cenário de recuperação do solo neste novo contexto. Ele informou, por exemplo, que a Universidade de Caxias do Sul (UCS) está finalizando a interpretação de duas mil amostras de solo e fará a devolutiva para os produtores.   

Também participaram do desafio representantes de startups do segmento. Victor Lopes, diretor-executivo da  TerraMares, apresentou a biotech que fabrica insumos para o campo a partir de microalgas. A startup já foi contemplada nos editais Doutor Empreendedor e Centelha, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado (Fapergs). Já Eduardo Rieger, gerente de projetos da Tekann Tecnologia da Informação, abordou a necessidade de uma maior aproximação entre academia e setor privado para a expansão de investimentos.  

Inteligência de dados para soluções agroclimáticas 

À tarde, o RS Innovation Agro recebeu o desafio sobre inteligência de dados para soluções agroclimáticas (meteorológicas). A dinâmica também contou com a presença de startups e da academia.  

Anderson Ruhof, professor no Instituto de Pesquisas Hidráulicas (IPH) da UFRGS, destacou o uso de satélites para monitoramento de grandes propriedades e lavouras. 

 “O Instituto de Pesquisas Hidráulicas ficou muito em evidência em função da previsão dos níveis dos rios e chuvas, mas também temos um foco muito grande no clima e como isso impacta a agricultura. Entre as inovações, temos o lançamento de satélites com que conseguimos monitorar grandes áreas. São constelações de satélites que nos permitem imagens diárias da superfície com sistemas multiespectrais”, comentou. 

Segundo painel debateu inteligência de dados para soluções agroclimáticas
Segundo painel debateu inteligência de dados para soluções agroclimáticas - Foto: Bernardo Zamperetti/Ascom Sict

O gerente de operações do Instituto Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), Vitor Nardelli, falou sobre a importância do uso de dados para soluções no agro: “A partir do conhecimento do passado, conseguimos projetar o futuro”.  

Na etapa dedicada às soluções, Eliana Lima da Fonseca, professora do departamento de Geografia da UFRGS, apresentou aplicativos de integração e visualização de dados "on cloud" para o monitoramento ambiental. Na sequência, Caio Duarte levou ao público presente o Alerta.AÍ, que monitora os níveis dos rios e produz alertas para os municípios. Gabriel Kist, da onAgro, apresentou módulos de previsão do tempo. O desafio foi mediado por Jorge Krug, do conselho de inovação do Banrisul. 

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