A Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict) e o Conselho Estadual de Inovação, Ciência e Tecnologia debateram, na tarde desta quarta-feira (19), as propostas elencadas pelos grupos de trabalho (GTs) para reconstrução do Rio Grande do Sul diante da emergência climática. Cada um dos GTs escolheu um relator, que apresentou os temas abordados e as sugestões de iniciativa na área.  

As ações estão alinhadas aos quatro eixos do Plano Rio Grande – Emergencial, Reconstrução, Rio Grande do Sul do Futuro e Mapeamento de Oportunidades de Recursos. Os GTs são compostos por diversos atores do Sistema Gaúcho de Ciência, Tecnologia e Inovação, vinculados a universidades, ambientes de inovação e outras instituições. A Sict organiza o fluxo de trabalho, e o Conselho Estadual é responsável por reunir as propostas geradas nos GTs e fazer a interlocução com os gestores do Plano Rio Grande.   

A secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS, Simone Stülp, destacou o engajamento do grupo. “Fico feliz de ver a potência da nossa academia e do nosso sistema de inovação sendo refletido no resultado dos GTs. Podemos pensar projetos que vão dar conta de superar a crise e reposicionar o estado, que possam nos colocar como referência no contexto das mudanças climáticas e fazer deste momento uma oportunidade”, destacou. 

GT Emergencial 

Focado em ações de curto prazo, o GT Emergencial elencou três dimensões prioritárias. A primeira contemplou iniciativas nas áreas de saúde, suporte familiar e segurança.  

A segunda abordou ações na área ambiental, com destaque para serviços climáticos, proteção e uso da terra e plataforma de dados. Já a terceira dimensão, que explorou o eixo econômico, apresentou ações de mapeamento de demandas, mapeamento de recursos disponíveis, emprego de pessoas atingidas e capacitação de pessoas.  

GT Reconstrução 

O GT Reconstrução, voltado a ações de médio prazo, dedicou-se à discussão de cinco temas principais. O primeiro foi o desenvolvimento de um ecossistema para prevenção, análise e tomada de decisão dos elementos de crise, e o segundo foi o ordenamento sustentável do território para reconstrução resiliente e adaptativa. 

Além disso, o grupo apresentou iniciativas em infraestrutura energética verde e gestão de recursos hídricos, diagnóstico, recuperação e nova matriz de desenvolvimento econômico, ambiental e social, e educação e sensibilização. 

GT Rio Grande do Sul do Futuro 

O GT Rio Grande do Sul do Futuro abordou três iniciativas de longo prazo. A primeira delas diz respeito ao desenvolvimento econômico sustentável focado no agronegócio, incentivos econômicos e atração de investimentos, cadeias produtivas longas e ecossistema de negócios e de inovação. 

A segunda iniciativa prioriza o enfrentamento às mudanças climáticas com base de dados robusta, serviços de estado, sistema de gestão das águas em rede e adequação da legislação. Por fim, a terceira contempla educação e saúde, com ênfase na educação ambiental e educação para a saúde. 

GT Mapeamento de Oportunidades de Recursos 

O GT Mapeamento de Oportunidades de Recursos reuniu quatro subgrupos temáticos para debater captação de recursos. O primeiro, sobre governança e gestão do Fundo do Plano Rio Grande, sugeriu criar uma plataforma para conexão, mapeamento e priorização de demandas, projetos e investimentos.

O segundo subgrupo trabalhou transparência e accountability para aplicação de recursos, com ênfase em um software com blockchain de registro de transações.  

Na sequência, o terceiro subgrupo abordou monitoramento e avaliação de impacto, destacando a formação de um comitê de monitoramento e avaliação dos projetos apoiados. Já o quatro subgrupo tratou de estratégias de captação de novos recursos, enfocando a narrativa de protagonismo do RS. 

As propostas dos GTs continuarão sendo discutidas nas próximas reuniões do Conselho Estadual.