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Leite destaca ações da Sict no 6º Fórum Brasil de Investimentos

Em painel sobre a construção de uma nova indústria, governador gaúcho abordou o programa Semicondutores RS e editais

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Leite defendeu que o Estado atue como agente para criar um ambiente que estimule a capacidade individual de empreendedorismo
Leite defendeu que o Estado atue como agente para criar um ambiente que estimule a capacidade individual de empreendedorismo - Foto: Maurício Tonetto/Secom
Por Carlos Ismael Moreira/Secom

O governador Eduardo Leite participou nessa terça-feira (7/11), em Brasília, da 6ª edição do Brasil Investment Forum (BIF), considerado o maior fórum de investimentos da América Latina. Em painel intitulado "A construção de uma nova indústria", ele destacou o potencial do Rio Grande do Sul para a atração de investimentos, a partir do ajuste nas contas promovido pelo governo, e para o fomento à inovação, área em que o Estado ocupa a segunda posição no ranking do Centro de Liderança Pública (CLP).

Leite defendeu que o Estado atue como agente para criar um ambiente que estimule a capacidade individual de empreendedorismo a fim de gerar novos negócios. "Mesmo com a vocação dos gaúchos, até pouco tempo atrás havia muitas barreiras impostas pelas dificuldades estruturais da máquina pública. Por isso, foi tão importante recuperarmos a capacidade de investimento e revisarmos a carga tributária, que estava majorada, equalizando com o que é praticado nos demais Estados para retomar a nossa competitividade", afirmou.

Conforme Leite, o Rio Grande do Sul tem 18 parques tecnológicos – entre eles Tecnosinos e Tecnopuc, os dois melhores do país – e o atual governo fez o maior investimento da história em financiamento de iniciativas de inovação. Apenas o programa Avançar destinou R$ 112,3 milhões para a área. Em 2023, a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do RS (Fapergs) já fizeram aporte de R$ 77,2 milhões em investimentos e editais de fomento à pesquisa. Uma das novidades, apontou Leite, é o programa Semicondutores RS, que está direcionando recursos e incentivos fiscais para o desenvolvimento do setor.

Para a secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS, Simone Stülp, que acompanhou o governador no evento, as ações do governo na área de inovação são essenciais para o desenvolvimento do estado: “Temos feito um trabalho estratégico na Sict, olhando para a inovação como forma de desenvolver o nosso estado como um todo, e tanto o programa Semicondutores RS quanto o lançamento de editais refletem esses esforços”.

O 6º Brasil Investiment Forum foi realizado no Palácio do Itamaraty
O 6º Brasil Investiment Forum foi realizado no Palácio do Itamaraty - Foto: Maurício Tonetto/Secom

O governador lembrou, ainda, que a decisão do governo federal de retomar as atividades do Centro Nacional de Tecnologia Eletrônica Avançada (Ceitec), em Porto Alegre, que estavam suspensas havia dois anos, é outra oportunidade para alavancar a indústria no Estado.

A fábrica produz chips semicondutores, ativo essencial para diversos setores econômicos, com alto potencial para integrar a política de industrialização com benefícios tributários. “O privilégio de ter a Ceitec em Porto Alegre nos capacitou de forma diferenciada no setor de semicondutores. Agora, esta retomada marca mais um avanço extremamente significativo para nossa política estratégica de sermos referência no setor no Brasil e na América Latina”, afirmou Leite.

A sustentabilidade e a transição energética foram apontadas pelo governador como caminhos essenciais ao desenvolvimento da indústria, visando a produção com menor volume de emissões de gases do efeito estufa e uma produção agrícola responsável com o meio ambiente.

Atualmente, 83% da energia gerada no Rio Grande do Sul provém de fontes renováveis, e o Estado ocupa a quinta posição no país em capacidade instalada de energia eólica. São 1.836 megawatts gerados em 80 parques eólicos distribuídos em nove municípios. Há ainda 61 projetos onshore (em terra) em fase de licenciamento e outros 21 projetos offshore (no mar).

Em agosto, o governo lançou o Programa de Desenvolvimento da Cadeia de Hidrogênio Verde no RS (H2V-RS), para apoiar empreendimentos e implementar políticas públicas que fomentem a produção, transmissão, armazenagem e o uso do novo combustível.

Também participaram do painel, no Palácio do Itamaraty, o superintendente de Desenvolvimento Produtivo, Inovação e Comércio Exterior do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), João Paulo Pieroni, a secretária-executiva do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Verena Hitner Barros, o diretor-executivo da Jaguar Land Rover, François Dossa, e o economista da XP Investimentos, Caio Megale. A moderação ficou a cargo do jornalista Luciano Pádua, editor da Exame.

O BIF foi realizado pela primeira vez em Brasília, por meio de uma parceria entre o governo federal, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

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