O RS Innovation Stage, palco do governo do Estado no South Summit Brazil (SSB), abriu a programação desta quinta-feira (10) com dois painéis sobre inovação e sustentabilidade, temas centrais desta edição. O debate começou com representantes da academia, que apresentaram projetos desenvolvidos em universidades, e seguiu com casos de sucesso da iniciativa privada.  

O painel Inovação, Sustentabilidade e Tecnologia no Agro: Construindo Sistemas Alimentares Inteligentes e Resilientes foi mediado por Andréia Dullius, diretora de Ambientes de Inovação da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict). “Na Secretaria, temos o programa Inova RS, que divide o Estado em regiões, e muitas delas têm o agro como área estratégica. Além disso, o Centro do Agro busca nortear ações em conjunto com outros atores”, ressaltou. 

O diretor da Unidade Embrapii InovaAgro na Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Maurício de Oliveira, citou projetos prioritários relacionados ao tema: “Trabalhamos com tecnologias digitais preditivas que podem beneficiar os produtores rurais. Investimos na predição de problemas climáticos e na predição de perdas agrícolas, com foco na preservação das safras e otimização do uso de recursos”. 

Já o gestor da Pulsar Incubadora, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Anderson Paim, explicou que a expertise local nas áreas rurais foi fundamental para o desenvolvimento de projetos. “Na academia, temos o desafio de colocar as tecnologias em validação para que elas cheguem mais rápido a quem precisa. Assim, buscamos aproximar produtores e soluções”, contou. 

Segundo Luís Humberto Villwock, coordenador do Celeiro AgFood Hub, ligado ao Tecnopuc, construir uma agricultura mais resiliente envolve pensar toda a cadeia, desde a lavoura até a mesa do consumidor. “Para tanto, precisamos entender as mudanças climáticas e nos adaptarmos”, apontou. 

Casos de inovação sustentável 

Ainda no RS Innovation Stage, o painel Inovações Sustentáveis: Pensando em Soluções a partir de Resíduos para um Futuro Resiliente reuniu representantes de empresas e startups dedicadas ao assunto, com mediação da diretora de Gestão da Inovação da Sict, Paola Schaeffer. 

“A discussão sobre inovação sustentável, resiliência climática e transição energética já estava presente no Planejamento Estratégico para 2023 a 2026 da Sict e foi reforçado com a Política Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, lançada no ano passado. Além disso, faz parte da secretaria o Comitê Científico de Adaptação e Resiliência Climática, dentro do Plano Rio Grande para reconstrução do Estado”, destacou Paola. 

A CEO da Trevisan Soluções, Taísa Trevisan, apresentou o projeto Conexão8, um espaço de construção colaborativa centrado na escuta humana, na economia circular, em cidades resilientes e na ciência e tecnologia. Já o CEO da Trashin, Sérgio Finger, mostrou como os resíduos têm uma relação significativa com as mudanças climáticas, enfatizando a importância de soluções inovadoras para a promoção da economia circular. 

Para fechar o painel, o diretor comercial da Veiga Sul Equipamentos Industriais, Tiago Rodrigues, abordou o projeto de usina biomecânica de valorização de resíduos, que transforma o lixo em recursos úteis como adubos orgânicos e produtos termoplásticos. 

Correalizado pelo governo do Estado, o SSB vai até esta sexta (11), no Cais Mauá. Acompanhe ao vivo a programação completa do RS Innovation Stage no SSB 2025.