Furg e UFSM terão unidades credenciadas pela Embrapii
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Com o apoio do Ministério da Educação (MEC), 11 novos grupos de pesquisa de universidades federais foram selecionados e serão credenciados pela Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii). Entre os selecionados, estão um grupo de pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande (Furg) e outro da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), que terão disponíveis cerca de R$ 30 milhões para investir em projetos de pesquisa, desenvolvimento e inovação (PD&I) para atender demandas do setor industrial. A solenidade de credenciamento será transmitida amanhã (10), às 10h, no YouTube da Embrapii.
As 11 novas Unidades Embrapii foram selecionadas dentre 37 propostas apresentadas por grupos de pesquisas das universidades. Ao todo, a rede credenciada conta com 55 Unidades. Os projetos serão desenvolvidos nas áreas de Energias Renováveis, Fibras Florestais, Sistemas Embarcados, Geotecnologia e Agronegócio, Inteligência Artificial, Computação Industrial, Materiais Avançados/Nanomateriais, Computação Industrial, Robótica Inteligente, Sistemas Veiculares e Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC).
Unidade Embrapii da Furg
De acordo com a diretora do Centro de Ciências Computacionais (C3), Sílvia Botelho, a submissão da proposta à Embrapii foi na área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), mais especificamente Robótica Inteligente, única unidade Embrapii nesta área, sendo as linhas de pesquisas contempladas: Ciência de Dados, Geoinformação e Robótica e Automação. "Tais linhas são o futuro na indústria brasileira, com grandes demandas, e que nos colocam em posição de destaque e grande chance de sucesso. A ideia é que fomente a inovação no Estado e na região", reforça Silvia, enfatizando o pioneirismo na área.
O C3, juntamente com alguns professores de outros grupos da Furg, coordenou a submissão da proposta à Embrapii em parceria com o Centro de Inovação em Robótica e Ciência de Dados (iTec), que é vinculado ao Parque Tecnológico Oceantec. Segundo o diretor do Oceantec, Artur Gibbon, este credenciamento é muito importante para a universidade e para a região. "Vamos ampliar a participação junto ao setor produtivo, melhorando a interação universidade e empresa, além de promover inovação e o desenvolvimento tecnológico", afirmou.
Unidade Embrapii da UFSM
O grupo da UFSM reúne pesquisadores do Instituto de Redes Inteligentes (Inri), vinculado ao Centro de Tecnologia (CT). Segundo o professor Leandro Michels, coordenador do projeto na universidade, a unidade Embrapii da UFSM, cuja área principal é Energia Renovável, tem como tema específico de atuação os Recursos Energéticos Distribuídos, que envolve a geração renovável, armazenamento de energia e veículos elétricos. "Apesar de muitos pensarem que energia renovável envolve somente as fontes renováveis, o conceito vai além, envolve também a melhoria da eficiência energética e o armazenamento da energia produzida por essas fontes. A inserção dos veículos elétricos também exige uma integração com a geração renovável", explicou Michels, enfatizando que a unidade não é apenas na energia renovável, mas na gestão e organização destes recursos energéticos distribuídos.
Em relação às expectativas, o coordenador quer potencializar os projetos de interação industrial, contribuindo em nível local, regional e nacional. “Esperamos fomentar o desenvolvimento regional ampliando a cadeira de agregação de valor, bem como criando tecnologias inovadoras nas áreas de atuação de energias renováveis e recursos energéticos distribuídos”, adiantou Michels.
Sobre a Emprapii
A organização social é uma instituição privada sem fins lucrativos, que tem como principal missão contribuir para o desenvolvimento da inovação e da competitividade da indústria brasileira com o atendimento às demandas de inovação do setor produtivo. Além do MEC, os Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovação e Comunicações e o Ministério da Saúde são responsáveis, predominantemente, pelos recursos da Embrapii, provenientes de contratos de gestão.
Potencializado pelo modelo de financiamento, a parceria tem o objetivo de atrair empresas pelo conhecimento existente e por sua capacidade de geração de soluções tecnológicas das novas unidades. A meta é gerar 175 projetos e R$ 100 milhões em investimentos de inovação, à medida que se soma ao valor aportado pela Embrapii, a contrapartida financeira de empresas e os recursos não financeiros da Unidade (mão-de-obra, equipamentos de ponta etc.). Espera-se que as empresas invistam cerca de R$ 50 milhões nos projetos.
Além estimular a interação entre o setor produtivo e os centros acadêmicos, o credenciamento de unidades em universidades federais também visa a capacitação de profissionais qualificados para atuarem em projetos de PD&I na indústria. O programa prevê a participação de estudantes de graduação e pós-graduação em projetos Embrapii, no modelo hands-on, que permite o aprendizado a partir da experiência real atuando em projetos de pesquisa aplicada com a indústria.
Com informações da Embrapii