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Em Madri, Sict busca referências em iniciativas espanholas para inspirar políticas públicas no Estado

Secretária Simone Stülp tem reuniões com governo, academia e iniciativa privada, e participa do South Summit Madrid

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Secretária Simone em agenda em Madri, na Espanha
Secretária Simone em agenda em Madri, na Espanha - Foto: Alexandre Elmi / Secom
Por Alexandre Elmi / Secom

Na Espanha para um roteiro de inovação - que inclui a participação no South Summit Madrid 2023, de 7 a 9 de junho - a Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict) iniciou, nesta segunda-feira (5), uma agenda de reuniões para observar experiências e políticas locais de promoção da inovação. No primeiro dia, a secretaria manteve contato com pesquisadores do Instituto de Economia y Geografia do Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CSIC) para tratar de estratégias aplicadas à produção primária. 

Conforme a titular da pasta, Simone Stülp, a agenda no CSIC teve como objetivo buscar referências para o desenvolvimento da política de inovação do governo gaúcho. “Além disso, as agendas que antecedem o South Summit Madrid também proporcionam fazermos a aproximação entre setores de interesse e pensarmos políticas públicas em áreas de comuns entre o Rio Grande do Sul e Espanha”, avaliou.  

No CSIC, o grupo teve uma reunião de trabalho com o pesquisador Javier Sanz Cañada sobre como é possível elevar o nível de tecnologia aplicada à produção primária, com foco no desenvolvimento da cadeia do azeite de oliva, área em que a Espanha, além de maior produtora, também é referência mundial. “É interessante pensar em modelos de governança locais, com foco em vários aspectos, inclusive o logístico, ajudando a organizar a produção e até mesmo o consumo”, explicou Sanz, que também destacou a importância da produção sustentável e da articulação cooperativa. 

O grupo ainda se reuniu com a pesquisadora Ruth Rama, que atualmente investiga modelos de inovação da iniciativa privada. Ruth defendeu a necessidade de se intensificar a cooperação, mesmo em um momento de crise mundial. No caso brasileiro, a pesquisadora entende que é imprescindível ao país aumentar o nível de absorção de tecnologia na produção primária. “Tecnologias disruptivas, como a biotecnologia e as tecnologias de informação e comunicação, estão afetando a agroindústria e é preciso compreender este processo”, afirmou, lembrando que o Brasil pode converter este alerta em oportunidade para conquistar novos mercados. 

Nas duas ocasiões, os pesquisadores do CSIC alertaram para a relevância do elemento ambiental na produção agrícola, com foco em processos sustentáveis e apoiados nas economias locais. Depois do encontro, o grupo foi conhecer o projeto Matadero Madrid, uma área onde funcionava uma estrutura de abate de animais e que foi convertida em centro de produção artística, digital e articulação da indústria criativa. “Mais uma inspiração para como podemos também converter os nossos espaços urbanos em locais de estímulo à inovação”, disse Simone. 

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