A Arena de Conteúdos do governo na Gramado Summit recebeu, nesta quarta-feira (4), um painel sobre oportunidades de estudos por meio de olimpíadas científicas. O debate foi promovido pelo programa Educar para Inovar, da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), e teve a participação do Movimento Meninas Olímpicas. O Estado é correalizador do evento, que acontece até sexta (6), no Serra Park, em Gramado. 

Na presença de dezenas de alunos de escolas públicas, o painel destacou a importância das olimpíadas científicas, como de matemática, física, química, geografia, linguística, entre outras, para a formação dos jovens. A mediação ficou a cargo de Madalena Heinen, do Departamento de Gestão da Inovação da Sict. 

“Entre outras frentes, o Educar para Inovar busca fazer a conexão da inovação com alunos e professores do ensino fundamental. É o período em que os estudantes começam a ter contato com essas competições do conhecimento”, pontuou. 

A coordenadora do Movimento Meninas Olímpicas e professora da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Nara Bigolin, conversou com os jovens presentes e os incentivou a participarem das competições, mostrando a eles o portal que reúne informações sobre olimpíadas científicas. 

“O percentual de mulheres em posições de poder equivale ao de meninas premiadas em olimpíadas do conhecimento. Quem participa tem ótimas oportunidades lá na frente”, ressaltou. 

Já a cofundadora do Movimento Meninas Olímpicas, Natalia Bigolin Groff, contou um pouco de sua trajetória a partir do sexto ano do ensino fundamental, quando estudava em escola pública no interior gaúcho e passou a se inscrever em competições científicas. 

“Comecei pela Obmep [Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas] e depois fui descobrindo diversas outras. Acabei ganhando uma bolsa integral para fazer o ensino médio em Fortaleza. Fui então selecionada pela UWC [United World Colleges] e viajei para a Holanda com bolsa integral. Como a UWC tinha convênio com universidades, hoje estudo nos Estados Unidos”, relatou. 

O programa Educar para Inovar é realizado pela Sict, em parceria com a Secretaria da Educação (Seduc), e possui selo da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).