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Apoiada pelo governo, startup ganha papel de destaque no monitoramento hídrico no Rio Grande do Sul

Com sensores avançados, geração de dados em tempo real contribui para adaptação e resiliência climática no estado

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O encontro ocorreu no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff) - Foto: Bernardo Zamperetti / Ascom Sict
Por Bernardo Zamperetti / Ascom Sict

Durante a enchente de maio no Rio Grande do Sul, soluções desenvolvidas por startups tiveram um papel importante no enfrentamento dos desafios do desastre. Para conhecer melhor uma dessas iniciativas, a secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp, realizou uma reunião com os representantes da TideSat, Douglas Bueno Leipelt e Vitor Hugo de Almeida Júnior. O encontro ocorreu na quarta-feira (8), no Centro Administrativo Fernando Ferrari (Caff). A empresa foi criada para oferecer uma forma inovadora de medição do nível de corpos hídricos, como mares, rios e represas.  

Concebida nos laboratórios da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Ufrgs), a startup foi contemplada no edital do programa Centelha 2, executado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs), vinculada à Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict). A TideSat também acessou os recursos do edital Programa Manutenção de Talentos Tecnológicos - Emergência Climática, focado em startups gaúchas. O edital faz parte do Plano Rio Grande e conta com recursos do Fundo do Plano Rio Grande (Funrigs), integrando a estratégia de reconstrução do estado.  

"Parcerias como a que temos com a TideSat mostram como a tecnologia pode ser uma aliada poderosa na gestão de crises. Durante a enchente de maio, o trabalho realizado pela startup foi fundamental para fornecer dados em tempo real, ajudando na tomada de decisões mais rápidas e eficazes. Nosso compromisso é fortalecer esse tipo de colaboração, integrando inovação às políticas públicas para garantir mais segurança e resiliência à população gaúcha”, afirmou a titular da Sict, Simone Stülp. 

A startup integra o catálogo de soluções para desastres climáticos no Rio Grande do Sul, disponível no Observatório da Inovação RS. A iniciativa é da Sict em parceria com a Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), a Rede Gaúcha de Ambientes de Inovação (Reginp), a Associação Gaúcha de Startups (AGS), o GovTech Lab e o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Rio Grande do Sul (Sebrae RS).  

A solução permite monitorar o nível da água de forma remota, utilizando satélites em órbita da Terra. Com base na tecnologia de Internet das Coisas, o sensor transmite os dados em tempo real para os usuários, diretamente do campo. Através da técnica de Refletometria GNSS, a TideSat mede os níveis de corpos hídricos com precisão ao captar reflexões das ondas de satélites GPS na superfície da água, mesmo em condições extremas. Por operar a uma distância segura da água, o sensor garantiu medições confiáveis durante todo o período crítico. 

A TideSat operou o único sistema que se manteve funcional durante todo o período das enchentes em Porto Alegre, fornecendo subsídios e informações para acompanhar a elevação dos níveis de água no Guaíba e no delta do Rio Jacuí. Com sensores instalados em três locais estratégicos da cidade, a startup expandiu sua atuação ao inserir, em parceria com a Prefeitura de Porto Alegre, um novo sensor durante o período de enchentes. A solução da startup também foi utilizada pela Prefeitura de Rio Grande na elaboração de seu boletim oficial, destacando o papel da tecnologia no enfrentamento de crises hídricas. Em junho do ano passado, a empresa forneceu sua solução para o município de Estrela. 

 

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