Região dos Vales apresenta projeto de automação hospitalar com “elevador” para deslocar pacientes
Painel ocorreu no RS Innovation Stage, palco do governo no South Summit Brazil
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A região dos Vales apresentou, nesta quarta-feira (20/3), o projeto de um dispositivo que funciona como elevador para auxiliar no deslocamento de pacientes. O painel “Automação hospitalar – transferência de pessoas com deficiências sensório-motoras” integrou a programação do RS Innovation Stage, palco do governo gaúcho no South Summit Brazil.
A moderadora, Andréa Gonçalves da Silva, que é professora da Universidade de Santa Cruz do Sul (Unisc) e uma das coordenadoras do projeto, relatou que a saúde foi uma das áreas prioritárias eleitas para a região dos Vales dentro da lógica do Inova RS, programa da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict). Assim, buscou-se investir no desenvolvimento de tecnologias inteligentes para a inovação em saúde.
Janine Koepp, que também é professora da Unisc, explicou que o projeto foi discutido em reuniões de trabalho, mas faltava o recurso financeiro. O investimento foi obtido em um edital da Sict, dentro de um projeto mais amplo denominado “Inova+Vales: desenvolvendo o ecossistema regional de inovação”, proposto pela Unisc. O valor total foi de quase R$ 500 mil. Uma das vertentes desse projeto é a tecnologia de automação hospitalar.
A ideia do dispositivo surgiu na Mercur, empresa familiar centenária de Santa Cruz do Sul. “Queríamos entrar em novos negócios, em uma estratégia de inovação. Na hora de construir o protótipo, vimos que não conseguiríamos fazer isso sozinhos. Um colega apresentou a ideia para a Unisc e outros parceiros, e pudemos levar a ideia adiante”, contou Cássia de Menezes Hoelzel, head de Inovação da Mercur.
Como detalhou o engenheiro mecânico Klaus Deppermann, da empresa Imply, outra parceira do projeto, o equipamento faz a elevação de pacientes da cama de hospital para a cadeira, e vice-versa. “Outros produtos não apresentavam segurança adequada, com risco de causar mais dano ao paciente. A parceria entre Unisc, Mercur e Imply foi essencial para desenvolver o projeto”, afirmou.